Relatos de experiências com leitura e escrita
“Em nossa cultura, quanto mais
abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa
espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem
costuma) encerrar-se nela." Marisa Lajolo.
A leitura e a escrita fazem
parte do nosso cotidiano, muitas vezes nem percebemos. Mas, é na escola que
vivenciamos momentos marcantes relacionados a tais atividades propiciados por
nossos mestres. Por isso, devemos ter um olhar cauteloso em relação à leitura e
escrita, independente da área em que atuamos, para que realmente consigamos
estimular nossos alunos, desenvolvendo neles o prazer em devorar um livro, ou,
o gosto em expressar seus sentimentos preenchendo linhas e linhas.
Não há segredo nenhum, todos
sabem que a leitura é um hábito que precisa ser exercitado constantemente. É um
doce desafio que precisa ser
vivenciado desde o berço. Quando contamos uma história a uma criança estamos aguçando-lhe
o prazer pela leitura.
As experiências aqui
relatadas de forma singela mostram como a leitura, esse doce desafio, foi semeada em cada uma das colaboradoras desse blog.
Esperamos que nossos relatos possam incentivar outros leitores, nossos
visitantes, a exporem suas vivências com esta prazerosa atividade que é
leitura.
Por Barbara Moraes Andrade Bertoncini e Maria Helena Palmieri Santos
Por Barbara Moraes Andrade Bertoncini e Maria Helena Palmieri Santos
DEPOIMENTOS:
"Um público comprometido com a leitura é
crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns
fazem passar por ideias."( Mário Vargas Llosa )
A minha experiência com leitura começo bem cedo, aos 5 anos de idade
folheando gibis. Eles foram os meus
primeiros livros... Assim que fui alfabetizada e comecei a ler sozinha,
devorava gibis e quaisquer outros
livrinhos que eu conseguia na escola.
Durante
o meu ensino fundamental, na quarta série, a biblioteca da escola ficava na
minha sala de aula, nós, os alunos, adorávamos, porque sempre que tínhamos um
tempinho arrumávamos os livros nas prateleiras, folheava-os e nos encantávamos
com aqueles livros.
Sempre cultivei o hábito de ler, sempre gostei
de ler para os outros, leio para meus alunos. Na minha casa eu e meu marido
gostamos de ler e estamos mostrando isso
ao nosso filho de 2 anos. Damos livros para ele, lemos, sempre com o intuito de
mostrar que ler é bom, faz bem, é saudável, um desafio, mas que pode ser doce. Denise Michele Zorzenome
Minhas experiências com a leitura e a escrita
Minhas experiências com a leitura e a escrita
Vivenciei diversas
experiências prazerosas em relação à leitura e a escrita, principalmente, no
Ensino Fundamental I e II.
No terceiro ano, do Ensino Fundamental I,
tive uma professora que trabalhava a leitura de diversas maneiras. Às vezes
(não recordo com que frequência), ela organizava a sala e nos colocava para
sentar no chão, cada aluno com um livro diferente (de acordo com a nossa
idade), eram pequenas narrativas interessantes. Cada um fazia a leitura
silenciosa do seu livro e depois contava para a turma (sem olhar no livro) a
história lida (socialização). No início, eu sentia medo de errar e, até mesmo,
vergonha, mas aos poucos fui adquirindo confiança e gostando cada vez mais da
atividade.
Na
sétima série, a leitura do livro “Uma luz no fim do túnel”, de Ganymédes José,
foi uma experiência marcante. O
livro conta a história de “Lúcio e Érica, dois adolescentes nascidos no lado
pobre da vida, no lado miserável das oportunidades. A volta deles, só há os
descaminhos da frustração, do desespero, da negação da vida, da droga. Essas
trilhas desembocam numa única saída; a morte. Um livro realista e duro, um
protesto tão forte quanto à realidade que vitima grande parte da humanidade”.
Minha professora de Língua Portuguesa desenvolveu diversas atividades paralelas
a leitura do livro. Cada aluno tinha um caderninho (brochurinha) para registrar
as atividades desenvolvidas. Ao final da leitura de cada capítulo, ela nos
apresentava uma proposta diferente, depois recolhia o caderninho e avaliava.
Atividades propostas: debate regrado; apresentação de filme relacionado ao tema
do livro; resenha crítica do filme; resumos, entre outros. Barbara Moraes Andrade Bertoncini
Meu contato com a leitura...
A
primeira estória ( sou da época em que
havia diferença entre estória e história
) pela qual me apaixonei foi contada pela minha mãe com uma personagem que me
encantava pela sua coragem -
Branca-flor. Provavelmente ela a havia escutado de alguém. A narrativa contada por ela se assemelhava a
esta disponível em
http://www.consciencia.org/branca-flor-contos-de-bruxas-e-feiticeiras.
Lembro-me que volta de meus 6 anos ganhei de presente um disco compacto de
vinil azul com a história de uma Florzinha azul com a qual me deleitava horas a
ouvi-la repetidas vezes. Os anos se passaram depois na quinta série como
leitura obrigatória foi o livro de
Lucia Machado de Almeida intitulado O caso da borboleta Atiria. Sempre gostei de ler, porém
esse era um bem de difícil acesso, nossas condições financeiras não permitiam
esse luxo, bibliotecas eram escassas
e leitura como prazer foi se distanciando de mim. Lia o que era
necessário e obrigatório na escola, o que sempre se apresentava como um árduo
fardo a ser carregado. Recordo-me que
dos uns poucos livros que li por prazer na adolescência foi Pollyana
de Eleanor H. Porter, só depois de
formada é que pude retomar esse doce desafio que é ler por prazer. Maria Helena Palmieri Santos
Olá Bárbara! Também acho que a leitura pode nos prorporcionar muito prazer.Quantas vezes já viajamos,sonhamos,construímos e destruímos muita coisa nos colocando no lugar de um personagem!
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