terça-feira, 4 de junho de 2013

Relatos de experiências com  leitura e escrita

“Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela." Marisa Lajolo.
A leitura e a escrita fazem parte do nosso cotidiano, muitas vezes nem percebemos. Mas, é na escola que vivenciamos momentos marcantes relacionados a tais atividades propiciados por nossos mestres. Por isso, devemos ter um olhar cauteloso em relação à leitura e escrita, independente da área em que atuamos, para que realmente consigamos estimular nossos alunos, desenvolvendo neles o prazer em devorar um livro, ou, o gosto em expressar seus sentimentos preenchendo linhas e linhas.
Não há segredo nenhum, todos sabem que a leitura é um hábito que precisa ser exercitado constantemente. É um doce desafio que precisa ser vivenciado desde o berço. Quando contamos uma história a uma criança estamos aguçando-lhe o prazer pela leitura.
As experiências aqui relatadas de forma singela mostram como a leitura, esse doce desafio, foi semeada em cada uma das colaboradoras desse blog. Esperamos que nossos relatos possam incentivar outros leitores, nossos visitantes, a exporem suas vivências com esta prazerosa atividade que é leitura.
 Por Barbara Moraes Andrade Bertoncini e Maria Helena Palmieri Santos





DEPOIMENTOS:
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias."( Mário Vargas Llosa )
 A minha experiência com leitura começo bem cedo, aos 5 anos de idade folheando gibis.  Eles foram os meus primeiros livros... Assim que fui alfabetizada e comecei a ler sozinha, devorava gibis e quaisquer  outros livrinhos que eu conseguia na escola.
 Durante o meu ensino fundamental, na quarta série, a biblioteca da escola ficava na minha sala de aula, nós, os alunos, adorávamos, porque sempre que tínhamos um tempinho arrumávamos os livros nas prateleiras, folheava-os e nos encantávamos com aqueles livros.
 Sempre cultivei o hábito de ler, sempre gostei de ler para os outros, leio para meus alunos. Na minha casa eu e meu marido gostamos de ler e estamos  mostrando isso ao nosso filho de 2 anos. Damos livros para ele, lemos, sempre com o intuito de mostrar que ler é bom, faz bem, é saudável, um desafio, mas que pode ser doce.     Denise Michele Zorzenome








Minhas experiências com a leitura e a escrita
     Vivenciei diversas experiências prazerosas em relação à leitura e a escrita, principalmente, no Ensino Fundamental I e II.
No terceiro ano, do Ensino Fundamental I, tive uma professora que trabalhava a leitura de diversas maneiras. Às vezes (não recordo com que frequência), ela organizava a sala e nos colocava para sentar no chão, cada aluno com um livro diferente (de acordo com a nossa idade), eram pequenas narrativas interessantes. Cada um fazia a leitura silenciosa do seu livro e depois contava para a turma (sem olhar no livro) a história lida (socialização). No início, eu sentia medo de errar e, até mesmo, vergonha, mas aos poucos fui adquirindo confiança e gostando cada vez mais da atividade.

Na sétima série, a leitura do livro “Uma luz no fim do túnel”, de Ganymédes José, foi uma experiência marcante. O livro conta a história de “Lúcio e Érica, dois adolescentes nascidos no lado pobre da vida, no lado miserável das oportunidades. A volta deles, só há os descaminhos da frustração, do desespero, da negação da vida, da droga. Essas trilhas desembocam numa única saída; a morte. Um livro realista e duro, um protesto tão forte quanto à realidade que vitima grande parte da humanidade”. Minha professora de Língua Portuguesa desenvolveu diversas atividades paralelas a leitura do livro. Cada aluno tinha um caderninho (brochurinha) para registrar as atividades desenvolvidas. Ao final da leitura de cada capítulo, ela nos apresentava uma proposta diferente, depois recolhia o caderninho e avaliava. Atividades propostas: debate regrado; apresentação de filme relacionado ao tema do livro; resenha crítica do filme; resumos, entre outros.   Barbara Moraes Andrade Bertoncini



Meu contato com a leitura...


A primeira estória  ( sou da época em que havia diferença entre estória e  história ) pela qual me apaixonei foi contada pela minha mãe com uma personagem que me encantava pela sua coragem -  Branca-flor. Provavelmente ela a havia escutado de alguém.  A narrativa contada por ela se assemelhava a esta disponível em   http://www.consciencia.org/branca-flor-contos-de-bruxas-e-feiticeiras. Lembro-me que volta de meus 6 anos ganhei de presente um disco compacto de vinil azul com a história de uma Florzinha azul com a qual me deleitava horas a ouvi-la repetidas vezes. Os anos se passaram depois na quinta série como leitura obrigatória  foi o livro de Lucia  Machado de Almeida  intitulado O caso da  borboleta Atiria. Sempre gostei de ler, porém esse era um bem de difícil acesso, nossas condições financeiras não permitiam esse luxo, bibliotecas eram escassas  e   leitura como prazer  foi se distanciando de mim. Lia o que era necessário e obrigatório na escola, o que sempre se apresentava como um árduo fardo a ser carregado. Recordo-me que  dos uns poucos livros que li por prazer na adolescência foi Pollyana de  Eleanor H. Porter, só depois de formada é  que  pude retomar esse doce desafio que é ler por prazer. Maria Helena Palmieri Santos





Relatos de experiência   com leitura e escrita

Não me recordo exatamente quando iniciei minha paixão por livros... leitura!!! Nasci e cresci numa família de professores, exceção do meu pai só tinha ensino fundamental, mas era apaixonado por leitura... então tudo isso nos incentivava demais, era hábito ler e minha mãe sempre foi muito exigente em relação a cobrar isso de mim e de meus irmãos!!!! Hoje leio menos que gostaria por conta de trabalhar demais, filhos, família etc, mas mesmo assim tenho a leitura como algo imprescindível em minha vida, nela viajo sem sair do lugar!                                                                       Daniela Maria da Silva Carballal




















Um comentário:

  1. Olá Bárbara! Também acho que a leitura pode nos prorporcionar muito prazer.Quantas vezes já viajamos,sonhamos,construímos e destruímos muita coisa nos colocando no lugar de um personagem!

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